2 de dez. de 2011

TechTudo faz Top 10 jogos de FPS Multiplayer

Call of Duty: Modern Warfare 3 (Foto: Reprodução) Apesar de alguns grandes jogos investirem em experiências pessoais marcantes, como o sensacional Skyrim, jogar videogame sempre é mais divertido quando a atividade deixa de ser solitária – e nenhum gênero consegue juntar tantos jogadores empolgados simultâneamente quando os jogos de tiro.



Como este ano foi cheio de bons lançamentos, o TechTudo traz uma lista elegendo os melhores games de tiro em primeira pessoa para se jogar com amigos pela internet, em redes locais ou até mesmo em tela dividida.
Para elaborar este Top 10, eles avaliaram vários jogos de tiro em primeira pessoa, levando em consideração vários fatores: diversão, equilíbrio, qualidade dos mapas, variedade das armas e a comunidade de jogadores. Com estes critérios definidos, eles também optaram por não ter aparições repetidas da lista – cada franquia poderia marcar presença com apenas um título (geralmente o melhor ou mais inovador), para garantir que o Top 10 não fosse monopolizado por um título em particular.
Sem mais enrolação, confira agora os 10 melhores jogos de tiro em primeira pessoa para se jogar com os amigos, uma lista que conta tanto com clássicos do gênero quanto com games novos – afinal, desde as partidas de Doom jogadas em rede com o protocolo IPX, os first person shooters evoluíram muito, já que a única coisa que não mudou desde os primeiros jogos foi a diversão de acertar headshots nos seus amigos noobs.

10. Quake III Arena (id Software; PC, Dreamcast, PS2; 1999) 

Sucessor espiritual do pai de todos os Fps, Doom, Quake trouxe gráficos poligonais para os corredores e salões dos games de tiro. Nesta terceira versão do game, a id Software deixou de lado o formato “fuzileiro contra o mundo” tradicionalmente presente nos seus games e investiu nos confrontos entre múltiplos jogadores pela internet.
Deu certo: Q3A é um jogo viciante, já que enfrentar outros seres humanos é muito mais interessante do que combater monstros controlados pela CPU. Quake Arena esteve presente em vários campeonatos de jogos eletrônicos, como o World Cyber Games, e criou uma comunidade forte, que se desenvolveu ao ponto de contar com jogadores lendários como o experiente Fatal1ty, além de ter recebido uma série de Mods interessantes.

Quake III Arena  (Foto: Divulgação)

9. Jedi Outcast (Raven Software, LucasArts; PC, Xbox, Gamecube; 2002) 

Praticamente todo jogo de tiro tem uma opção de combate corpo a corpo – sejam tapas, socos, chutes ou cortes de motosserra, esses ataques acabam relegados aos momentos desesperadores em que a munição acaba, até porque levar uma faca para um tiroteio é uma das formas mais garantidas de acabar debaixo de sete palmos de terra.
Jedi Outcast (Foto: Divulgação) Claro que no universo de Guerra nas Estrelas esta desvantagem não existe, já que um guerreiro competente empunhando um sabre de luz é mais do que capaz de derrubar um pelotão inteiro. E é por isso que Jedi Outcast é um game interessante: ao colocar blasters, sabres de luz e poderes da força em mapas multijogador o game cria uma boa mistura de técnicas numa mesma partida, reproduzindo os combates excitantes entre os jedi e o lado negro presentes nos filmes de George Lucas.


8. Team Fortress 2 (Valve; PC, Xbox 360, PS3, 2007) 


Team Fortress 2 é o título mais jogado do Steam, vencendo Counter-Strike após se tornar grátis (Foto: Divulgação)
O primeiro Team Fortress, lançado em 1996, era um mod baseado na engine de Quake, mas já tinha os elementos que fizeram deste um dos mais empolgantes jogos de tiro de todos os tempos: apresentando classes de personagens distintas, que permitiam que cada jogador exercesse um papel tático diferente, TF incentivava o trabalho em equipe em detrimento do individualismo.
Mais de uma década depois, a Valve – empresa que sempre foi certeira quando o assunto é cooperação em games de tiro em primeira pessoa – remodelou o Team Fortress clássico, aplicou um design cartunesco aos personagens e tornou as batalhas entre vermelhos e azuis ainda mais divertidas. O jogo foi lançado originalmente como parte do pacote Orange Box, mas desde junho passado tornou-se gratuito para os donos de PCs.

7. Halo 3 (Bungie, Xbox 360, 2007) 

O fuzileiro sem rosto da Bungie trava batalhas futuristas nos consoles da Microsoft desde 2001, mas apenas três anos depois do game original, com Halo 2, que os jogadores puderam se enfrentar pela Live. A continuação, de 2007, foi o primeiro game da franquia para o Xbox 360, e a estréia não poderia ter sido melhor: seja on line ou splitscreen, o game convence ao passar a impressão de como o combate entre unidades de infantaria pode ser letal daqui a 500 anos.
Enfrentar várias pessoas com armas exageradas em paisagens alienígenas poucas vezes foi tão divertido quanto em Halo 3, o que nos faz aguardar ansiosamente pela quarta versão do game prometida para 2012.

Halo 3 (Foto: Divulgação)

6. Crysis 2 (Crytek; PS3, PC e Xbox 360, 2011) 

Mais do que um game, o primeiro Crysis era um verdadeiro teste de desempenho para qualquer PC, tanto que o jogo acabou ficando mais conhecido pelas exigências de hardware do que pelo competente multiplayer on line. Quando a continuação versão saiu, a programação foi otimizada para que Crysis 2 rodasse mais leve que o seu antecessor. Além disso, o game também foi lançado para consoles, o que permitiu que uma leva maior de jogadores vestissem suas nanosuits virtuais e entrassem no combate.
Felizmente para novos jogadores e veteranos de batalha, Crysis 2 apresenta um multiplayer ainda mais dinâmico, excitante e divertido que o predecessor graças aos mapas criativos e as várias possibilidades táticas diferentes proporcionadas pela nanosuit.

Crysis 2 (Foto: Divulgação)

5. Battlefield 1942 (Dice; PC; 2002) 

Desde Wolfenstein, a segunda guerra mundial sempre serviu de pano de fundo para jogos de tiro. Mas justamente por ter sido inspiração para tantos jogos, a ambientação se desgastou rapidamente – até Battlefield 1942 aparecer no começo da década passada. Não é todo jogo que consegue reinventar um tema saturado e fazer com que ele volte a chamar a atenção dos jogadores, e foi exatamente isso que o shooter da Dice fez: trazendo várias batalhas históricas como Guadalcanal, Iwo Jima e a operação Market-Garden, Battlefield colocava os jogadores para lutar na Europa e no Pacífico com grande imersão.

Battlefield 1942  (Foto: Divulgação) Para reforçar ainda mais as táticas de pelotão, Battlefield abandonava o tradicional Deathmatch, focando em disputas por pontos estratégicos espalhados pelos mapas. E como os cenários eram grandes, os veículos também exerciam um papel fundamental nessas batalhas: jipes ajudavam a cruzar terreno, blindados davam cobertura para o avanço das tropas e aviões permitiam ataques por flancos inesperados. Perto de Battlefield, os outros games da segunda guerra pareciam uma briga de vizinhos – tanto que a franquia cresceu, gerando continuações contemporâneas tão bem-sucedidas quanto o game original.

4. Unreal Tournament (Epic Games; PC; 1999) 

Não pare. Não pisque. Pense rápido. Esses são os três pré-requisitos para você se dar bem em Unreal Tournament, clássico jogo de tiro focado em partidas multiplayer lançado pela Epic Games no final da década de 90, poucos dias antes do lançamento de seu principal concorrente, Quake 3 Arena.

Unreal Tournament (Foto: Divulgação)
Se os primeiros games da franquia Unreal se esforçavam para ter gráficos bonitos (para o final dos anos 90, pelo menos) e narrativas instigantes, UT deixou de lado essas sutilezas para investir no tiroteio mais frenético já visto nos games de primeira pessoa: em Unreal Tournament, a ação nao para, e se você perder a concentração por um segundo, está morto.
O jogo não tinha uma grande seleção de armas, mas todas elas eram bem variadas: em vez de apresentar dezenas de rifles esteticamente deferentes, mas praticamente idênticos no que realmente interessa (como fazem muitos jogos de hoje), Unreal Tournament trazia atiradores de discos afiados, canhões de barro tóxico, lançadores de ogivas nucleares remotamente controladas e até canhões de estilhaços – e todas as armas tinham duas modalidades de disparo distintas, o que aumentava a versatilidade do equipamento. Para completar, os combates aconteciam em alguns dos mapas mais divertidos já apresentados em um jogo de tiro, como os antológicos Facing Worlds e Skyscraper.

3. Goldeneye 007 (Rare; N64; 1997) 

Quando o agente secreto mais famoso do cinema chegou ao Nintendo 64, vimos o que pode ser considerado até hoje como a melhor adaptação de um filme para uma plataforma doméstica, mas também testemunhamos o lançamento de um fenômeno cultural: até Goldeneye, poucas pessoas viam o potencial dos consoles para multiplayer em games de tiro.
Os gráficos eram simples, tinham poucos polígonos e não havia riqueza nas animações (todas as armas, por exemplo, eram recarregadas da mesma forma), mas a jogabilidade era boa, especialmente se considerarmos que o N64 tinha apenas um direcional analógico, e as perdas gráficas quando se jogava com as telas divididas eram perfeitamente aceitáveis se considerarmos que o console da Nintendo tinha apenas 4 megas de Ram.
Se hoje temos tantas opções de jogos de tiro nos consoles, devemos agradecer a coroa britânica pelo ótimo desempenho de James Bond na plataforma da Nintendo.



2. Counter Strike (Valve; PC e Xbox; 1999) 

Half Life representou uma evolução fundamental nos jogos de tiro, e logo a engine da Valve passou a receber modificações. Destes mods, de longe o mais popular foi Counter Strike, lançado em 1999 (aliás, que ano bom para os games de multiplayer, hein?).
CS colocava terroristas contra CTs em vários cenários plausíveis, como resgate de reféns, escolta de VIPs e – de longe o mais popular – plantar e desarmar bombas. O grande destaque do jogo era investir em gameplay tático, mais cadenciado, enquanto outros games favoreciam investidas frontais descerebradas e individualismo. No ano seguinte, o game ganhou uma versão para varejo, mas ainda tinha alguns bugs irritantes, que foram sendo corrigidos gradualmente conforme o jogo ganhava patches até chegarmos na versão 1.6, lançada em setembro de 2003.
Counter Strike continua sendo jogado até hoje, competindo com games mais modernos pela preferência dos fãs de jogos de tiro.



1. Call of Duty / Modern Warfare (Treyarch/Infinity Ward; várias plataformas, desde 2004) 

Poucas vezes tivemos um empate no topo da tabela em um ranking do TechTudo, mas no caso de Call of Duty e Modern Warfare, o equilíbrio é perfeitamente justificável já que, em essência, trata-se do mesmo game feito por duas empresas diferentes que trabalham de forma alternada – desde 2007, temos um game da Treyarch nos anos ímpares, e um da Infinity Ward nos anos pares.
Porém, a franquia era apenas mais um game de tiro em primeira pessoa, até que os desenvolvedores assistiram filmes como “Falcão Negro em perigo” e “Círculo de fogo” e decidiram “teatralizar” a matança, tornando a série CoD um jogo cinematográfico. O grande ponto de mutação da série foi o quarto jogo, que atualizou as batalhas, situando-as em um cenário moderno.
O sucesso foi tanto que o primeiro Modern Warfare acabou definindo os parâmetros dos jogos de tiro atuais, sendo tão importante para a indústria quanto Doom e Half Life foram décadas antes.
E nem o fato dos títulos das duas empresas continuem investindo na mesma fórumla há cinco anos parece incomodar os fãs, já que o recém lançado Modern Warfare 3 bateu a marca de 6,5 milhões de cópias vendidas no dia do seu lançamento só nos EUA e no Reino Unido, fazendo deste o maior lançamento da indústria do entretenimento de todos os tempos – o que nos faz pensar que a série vai dominar o mercado, até alguém ousar e apresentar uma nova revolução no gênero.